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Estágio: segundo semestre sinaliza aumento na oferta de vagas

Estágio: segundo semestre sinaliza aumento na oferta de vagas

Histórico indica que o momento é o mais propício para os estudantes buscarem oportunidades.

Para muitos estudantes julho marca o período de deixar os livros de lado e aproveitar as férias. Porém, de acordo com especialistas, este momento não deve ser apenas de descanso – pelo menos para aqueles que almejam ingressar no mercado de trabalho.

Números apontam que, mesmo com a recessão, a oferta de vagas de estágio tende a subir durante o segundo semestre. E embora a modalidade também tenha sofrido perdas com a crise do emprego, a expectativa é que essa tendência se confirme também neste ano, com aumento real no número de postos de aprendizado.

Segundo semestre é o momento mais oportuno

Dados da Companhia de Estágios, consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee, demonstram que no último quadriênio o número de vagas de estágio abertas é sempre maior durante a segunda etapa do ano.

Desde 2013, a oferta neste período foi, em média, 7,4% maior em comparação com o primeiro semestre de cada ano. Porém, especificamente em 2016, o desempenho foi impressionante, atingindo 61,6% de crescimento.

De acordo com Tiago Mavichian, diretor da consultoria, este desempenho expressivo não é explicado somente pela entressafra dos programas de estágio(período no qual as empresas buscam novos profissionais em vista do fim dos contratos vigentes), mas por uma recuperação do mercado “Embora tal cenário não represente necessariamente uma disparada, deve ser comemorado. Desde 2013 a oferta total de vagas tem caído gradativamente. Porém, se levarmos em consideração que o declínio mais expressivo foi, justamente, no primeiro semestre de 2016, o resultado indica, sobretudo, uma importante recuperação. Isso sinaliza que o mercado está reagindo e as empresas estão voltando a contratar”.

Concorrência também caiu em 2016

Tal cenário também contribuiu para redução da concorrência, pelo menos no último semestre de 2016. Com a retomada dos postos, houve uma queda de 26% na proporção de candidatos por vaga, mesmo com o número recorde de inscritos – mais de 100 mil inscritos somente nessa etapa.

Na prática, o jovem que se candidatou no início de 2016, enfrentou cerca de 20 candidatos a mais do que aquele que participou dos processos seletivos do segundo período do ano.

Perspectiva para este ano

O ano de 2017 também começou de forma positiva, as vagas ofertadas pela consultoria já ultrapassaram 60% do volume ofertado no último ano, e a expectativa é que sigam em crescimento no segundo semestre “Agora esperamos um aumento de 5% em relação ao número de vagas abertas no início do ano. Dessa forma, acreditamos que teremos um resultado favorável depois de dois anos de quedas em virtude da crise.” – aponta Mavichian.

Jovem deve ficar atento

Contudo, Rafael Pinheiro, especialista em recursos humanos, alerta que devido à alta procura por este tipo de vaga, o cenário pode não perdurar por muito tempo, pelo menos no que diz respeito à concorrência “Em 2016, especificamente, a concorrência foi bem menor durante o segundo semestre, contudo, se considerarmos que o mercado celetista ainda não dá sinais de recuperação, é natural que cada vez mais jovens recorram ao estágio. Temos registrado um aumento progressivo no número de inscritos e, a este passo, a concorrência certamente vai se intensificar, mesmo durante a segunda metade do ano. Sendo assim, é fundamental que o jovem se prepare, aproveitando o período de férias para fortalecer o currículo, se atualizar e buscar as melhores oportunidades“.

Quais os melhores caminhos?

Para compreender este panorama, a consultoria realizou um estudo com o público alvo dessas vagas: estudantes, a maioria entre 18 e 24 anos. A pesquisa que ouviu quase 2.200 jovens de todas as regiões do Brasil identificou quais os caminhos mais eficazes na hora de conquistar uma oportunidade.

Dentre os entrevistados que já conseguiram um estágio, as principais vias foram: plataformas de divulgação de vagas (23%), Indicação (23%) e sites de consultoria (13%).

Para Pinheiro, esse resultado indica qual estratégia deve ser tomada tanto na hora de procurar vagas, quanto no momento da entrevista “Acompanhar sites das empresas de seu interesse, se inscrever em portais especializados e, até mesmo, usar as redes sociais ao seu favor. Grande parte das empresas costuma fazer a divulgação online das oportunidades. E nesse momento, o jovem deve ficar ligado, pois esta prática, apesar de facilitar a busca, torna o alcance muito mais abrangente e dinâmico”.

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Dois jovens estudantes com mochilas nas costas e sorrindo para a foto

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